Propriedades das fibras das madeiras de Acacia mangium e Calophyllum brasiliense para fabricação de papel: um estudo comparativo
DOI:
https://doi.org/10.34062/afs.v11i4.17282Resumo
Este estudo analisou as propriedades das fibras de 24 árvores, sendo 12 de Acacia mangium e 12 de Calophyllum brasiliense, com o objetivo de avaliar a adequação dessas espécies para a produção de papel. Determinamos a densidade da madeira, as características das fibras e as propriedades das fibras. Nossos resultados mostraram que ambas as madeiras possuem qualidade média para fabricação de papel; entretanto, C. brasiliense leva ligeira vantagem pelo maior número de propriedades classificadas como médias com base nos valores de referência das propriedades da fibra e nos valores médios de cada espécie. Quanto ao coeficiente de flexibilidade, ambas as espécies são classificadas como de qualidade média, situando-se na faixa de 0,50 a 0,65. A fração da parede também é classificada como de qualidade média, situando-se na faixa de 0,50 a 0,35. Os valores do índice de Runkel agrupam ambas as espécies como boas para papel (0,50 - 1,00). O índice de esbeltez classifica A. mangium (0,62) no grupo III, 0,50 - 1,00, como boa para papel, enquanto C. brasiliense (0,43) é classificado no grupo II, 0,25 - 0,50, como muito boa para papel. De acordo com o fator de forma de Luce, C. brasiliense é boa para a fabricação de papel, com valor abaixo de 0,5. De modo geral, ambas as espécies se demonstraram adequadas para a fabricação de papel, apresentando um bom potencial para essa aplicação industrial.