Crescimento e Estagnação: Os Limites da Política Econômica Brasileira do Século XXI
DOI:
https://doi.org/10.19093/res.v16i32.2144Resumen
A economia brasileira vivenciou um ciclo expansivo ao longo da década de 2000, marcado pela expansão do investimento, geração de empregos e aumento da renda corrente. Após a crise econômica de 2008, que, apesar de ter seu epicentro nos mercados de dívida hipotecária norte-americana, se alastrou para várias economias do mundo, a economia brasileira entrou em uma fase de baixo crescimento, queda dos investimentos, mas com manutenção do nível de emprego. Este trabalho tem por objetivo mostrar que o recente ciclo da economia brasileira está intimamente relacionado aos mercados externos, tanto na sua fase expansiva, quanto na recessiva. Os elevados saldos em transações correntes diminuíram a dependência em relação ao capital externo para manter a estabilidade de preços, o que permitiu reduzir a taxa de juros e desvencilhar o investimento agregado. O próprio aumento da renda interna contribuiu para a redução do saldo comercial, mas a crise de 2008 intensificou este movimento, reduzindo as taxas de crescimento da economia nacional. Desta forma, a economia brasileira voltou a depender da entrada de capitais para a manutenção da estabilidade de preços e do arcabouço de políticas macroeconômicas que favorecem este movimento, a sacrificar ainda mais o crescimento do produto.
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